BRIGADA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS
Bda Op Esp
QUALQUER MISSÃO,... EM QUALQUER LUGAR,...
UM POUCO DE HISTÓRIA
Em 1953, após um acidente aéreo na Amazônia, a Diretoria de Rotas do então Ministério da Aeronáutica sentiu a necessidade de contar com militares de sobreaviso para serem empregados em missões de busca e salvamento. Como conseqüência, foi oficializado o trabalho conjunto da Diretoria de Rotas com o Núcleo Aeroterrestre, atual Brigada de Infantaria Pára-quedista, para o emprego de pára-quedistas do Exército em missões de salvamento.
Assim, em 1957, foi realizado o 1º Curso de Operações Especiais que formou seis equipes de salvamento. No ano seguinte, o curso teve como base a doutrina dos Special Forces e dos Rangers do Exército dos Estados Unidos da América.
O Curso de Ações de Comandos foi criado em 1966, seguido pelo Destacamento de Forças Especiais em 1968.
O ano de 1983 marca a criação do 1º Batalhão de Forças Especiais que, no ano seguinte, instalou-se em Camboatá (RJ).
Já em 2002, o Decreto Presidencial nº 4.289, de 27 de junho, criou a Brigada de Operações Especiais na Guarnição do Rio de Janeiro. Em setembro de 2003, a Brigada teve a sua sede alterada para Goiânia (GO), e em 16 de dezembro do mesmo ano, iniciou efetivamente suas atividades, ocupando as instalações da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada.
No dia 1º de janeiro de 2004, a Bda Op Esp iniciou oficialmente seus trabalhos. Suas unidades de emprego, basicamente, se organizam em pequenos efetivos, especialmente motivados, adestrados e equipados para o cumprimento de missões de características especiais.
Organização e Missões dos Elementos Subordinados
Comando e Estado-Maior
O Comando e o Estado-Maior assessoram o Comandante de Operações Terrestres, os Comandantes Militares de Área e, quando determinado, os Comandantes de Grandes Comandos Operacionais quanto ao emprego das unidades especiais que integram a Força Terrestre. Além disso, planejam, supervisionam e apóiam a preparação e o emprego das Organizações Militares da Bda Op Esp.
1° Batalhão de Forças Especiais (1° B F Esp)
O 1º B F Esp é a unidade da Força Terrestre capacitada a planejar, conduzir e executar operações de guerra irregular, contraterrorismo, fuga e evasão, inteligência de combate, contraguerrilha, guerra de resistência, operações psicológicas, reconhecimento estratégico e busca, localização e ataque a alvos estratégicos.
O 1º B F Esp possui acentuada mobilidade estratégica. Normalmente, seu emprego requer elevado grau de sigilo, e suas operações apresentam considerável grau de risco por se desenvolverem, basicamente, em território hostil.
1° Batalhão de Ações de Comandos (1° BAC)
O 1° Batalhão de Ações de Comandos é especialmente organizado, adestrado e equipado para o planejamento, a condução e a execução de operações especiais que exploram a surpresa, a rapidez e a audácia. Também está apto a realizar operações de resgate e evacuação de pessoal e material dentro e fora do território nacional e operações de reconhecimento estratégico operacional.Tais operações são realizadas de forma descentralizada pelos Destacamentos de Ações de Comandos (DAC), cujos integrantes devem ser possuidores de acentuada coragem moral e elevado espírito de corpo.
Destacamento de Operações Psicológicas (Dst Op Psico)
O Dst Op Psico tem por missão realizar a análise dos públicos-alvo em presença no Teatro de Operações, disseminar informações de interesse, desenvolver campanhas para elevar o moral da tropa e projetar uma imagem positiva das forças amigas. As operações psicológicas devem estar presentes no planejamento e na execução de todas as operações militares, em apoio às forças convencionais, mas, sobretudo, em apoio às operações especiais.
Centro de Instrução de Operações Especiais (CI Op Esp)
O Centro de Instrução de Operações Especiais é a unidade responsável pela condução do Curso de Comandos e do Curso de Forças Especiais, que qualificam oficiais e praças voluntários para servirem nas OM da Bda Op Esp. Neste ano, já vem conduzindo os Estágios de Operações Aquáticas, Mergulho com Oxigênio, Mergulho a Ar e Resgate. Em curto prazo, conduzirá, também, o Curso de Operações Psicológicas. Embora diretamente subordinado à Bda Op Esp, possui um canal técnico de vinculação à Diretoria de Especialização e Extensão (DEE) do Departamento de Ensino e Pesquisa (DEP).
3ª Companhia de Forças Especiais (3ª Cia F Esp)
A 3ª Cia F Esp tem missões, possibilidades, limitações e estrutura organizacional similares às das companhias de Forças Especiais do 1° B F Esp. Diferencia-se das demais, entretanto, porque está sediada em Manaus (AM). Destina-se, portanto, a operar na área de responsabilidade do Comando Militar da Amazônia (CMA). Está subordinada ao CMA para fins de emprego e vinculada à Bda Op Esp para fins de preparo.
Companhia de Apoio às Operações Especiais (Cia Ap Op Esp)
A Cia Ap Op Esp é responsável pelo apoio logístico especializado, tal como suprimento por via aérea, manutenção de material de mergulho autônomo, de botes, de motores de popa e de pára-quedas. Tem, ainda, a missão de instalar, operar e manter o sistema de comando e controle da Brigada em operações.
Base Administrativa da Brigada de Operações Especiais (B Adm)
A Base Administrativa tem por finalidade prestar apoio administrativo às OM integrantes da Bda Op Esp, possibilitando-lhes concentração exclusiva na atividade de preparo e emprego.
6º Pelotão de Polícia do Exército (6º Pel PE)
O 6º Pel PE tem por missão apoiar a Brigada de Operações Especiais nas tarefas e missões específicas de Polícia do Exército, participar da segurança da base de operações especiais, quando desdobrada, e realizar escoltas e guardas em proveito da Bda Op Esp.
1º Pelotão de Defesa Química, Biológica e Nuclear (1º Pel DQBN)
O Pelotão de Defesa Química, Biológica e Nuclear é a fração da Bda Op Esp especializada nos assuntos relativos às operações QBN. O Pel DQBN assessora e orienta o preparo e o emprego da tropa e dos meios em ambiente QBN, realiza o levantamento, identifica, detecta e monitora os níveis de contaminação e, quando for o caso, descontamina pessoal, material e áreas sob o efeito de agentes QBN.
Especificidades das Operações Especiais
O Combatente
O combatente integrante das unidades da Bda Op Esp é um profissional criteriosamente selecionado, dotado de excepcionais condições físicas e elevado espírito de equipe, altamente motivado, adestrado, versátil e maduro. Possuidor de elevado grau de estabilidade emocional, autoconfiança e capacidade de durar na ação, está em condições de sobreviver e operar em ambientes hostis por longos
períodos de tempo com um mínimo de apoio.
Adestramento, armamento e equipamentos não convencionais
As demandas específicas de uma operação especial definem o tipo de adestramento, armamento e equipamento a ser conduzido. Não raro, as operações especiais exigem uma combinação de capacitações específicas, armamentos e equipamentos especializados pouco comuns às forças convencionais.
Sensibilidade política
Normalmente, as operações especiais são conduzidas para cumprir missões significativamente influenciadas pela sensibilidade política dos ambientes em que são desenvolvidas.
As características culturais em uma determinada área, por exemplo, podem impor uma presença extremamente discreta e de baixo perfil. Já em um outro cenário, considerações de caráter político podem exigir uma ação de grande visibilidade, com destaque para o efeito dissuasório resultante.
Aplicação heterodoxa dos Princípios de Guerra
O planejamento e a execução das operações especiais não negligenciam os tradicionais Princípios de Guerra. Entretanto, sua aplicação se faz de forma diferenciada. Devido ao enfoque específico das ações a serem conduzidas, os comandantes de destacamentos operacionais devem identificar os efeitos do seu ambiente operacional e a capacidade de sua força na aplicação dos Princípios de Guerra.
Oportunidade limitada
As operações especiais, via de regra, devem ser desenvolvidas com oportunidade para alcançar pleno êxito. A vantagem tática pressupõe períodos de tempo limitados e obtenção de superioridade relativa. A experiência demonstra que uma oportunidade não se repete. Perdê-la pode significar pagar custos bastante elevados tanto políticos quanto militares.
Atividades desenvolvidas pela Brigada de Operações Especiais
O projeto de implantação da Brigada foi previsto para se desenvolver no período de 2004 a 2007. Das atividades realizadas no ano de 2004, destacamos as seguintes:
• readaptação técnica de Salto, de Mestre de Salto, de Salto Livre, de Mestre de Salto Livre, de Precursor Pára-quedista e de Dobragem e Manutenção de Pára-quedas e Suprimento pelo Ar (DOMPSA) conduzida para oficiais e sargentos no Centro de Instrução Pára-quedista General Penha Brasil;
• adestramento de Salto Livre Operacional em conjunto com a Marinha do Brasil em Goiânia;
• condução do Curso de Formação de Soldado Comandos;
• realização do Curso de Ações de Comandos para oficiais e sargentos;
• adestramento de tiro para ações contraterrorismo;
• condução do Curso de Formação de Cabo DOMPSA no Batalhão de Dobragem, Manutenção de Pára-quedas e Suprimento pelo Ar;
• realização do Estágio Básico Pára-quedista para cabos e soldados no Centro de Instrução Pára-quedista General Penha Brasil;
• organização e condução do II Simpósio de Salto Livre Operacional;
• intercâmbio com os Exércitos da Espanha e Estados Unidos da América;
• participação nas Operações Atlântida, Timbó II,
Felino, Ajuricaba III, Rio Negro e Jauru II;
• realização do Curso de Forças Especiais para oficiais e sargentos;
• condução do Estágio de Atualização de Forças Especiais, e
• realização de atividades de divulgação institucional da Bda Op Esp tais como exposições, demonstrações, palestras e veiculação de matérias na mídia local e nos produtos do Centro de Comunicação Social do Exército.
Ingresso nos Cursos de Ações de Comandos e de Forças Especiais
A Portaria nº 03-Res, de 05 de maio de 2004, estabelece os critérios para a inscrição, seleção, matrícula e execução dos cursos a serem realizados no Centro de Instrução de Operações Especiais. Para o Curso de Ações de Comandos (CAC) de 2006, as OM devem encaminhar os requerimentos diretamente à Bda Op Esp até 10 de junho de 2005. Os candidatos não pára-quedistas, caso obtenham aprovação no CAC, ingressarão no Curso de Forças Especiais, ficando a conclusão do curso condicionada à realização, com aproveitamento, do Curso Básico Pára-quedista, durante fase específica.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Curso de Ações de Comandos e Curso de Forças Especiais -
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